sábado, 23 de agosto de 2014

E quando nada mais funcionar...

A estratégia da vitimização


Se nada deu certo na prática, as promessas não têm como se cumprirem, e até a paciência daqueles que estão mais próximos acaba, as máscaras vão caindo. Quando os olhares de decepção daqueles até então amigos se acentuam e nenhuma desculpa cabe mais, aí entra a estratégia da vitimização. “A opinião pública adora, e acredita fácil, fácil nisso”, diriam alguns marketeiros.

A palavra-chave  é: “perseguição”. Em seus discursos, Miguel Jeovani  afirma com uma pseudo-veemência constrangida: “Isso é perseguição política, só pode ser. Porque eu nunca persegui ninguém. Eu nunca persegui o governo passado, deixei trabalhar”. 

Ele só esquece de relatar que durante o mandato anterior ele custeava, além de jornais, um programa de rádio e um jornalista para atacar de forma irada, alternando momentos de histeria e drama, a prefeitura local (na verdade, o jornalista era pago para trabalhar na ALERJ, com dinheiro público, durante o tempo em que Miguel Jeovani foi deputado).

Tendo motivo ou não, as reclamações eram elevadas à máxima potência, com ou sem provas. Ao contrário do que o jornal ALERTA! Araruama publicou e publica, em suas quatro edições anteriores, que foram processadas pelo atual prefeito e, claro, absolvidas pela Justiça. 

Recentemente, assistimos mais uma tentativa frustrada de vitimização da parte da assessoria do prefeito. Sua filha Mariana sofreu uma suposta tentativa de assalto em São Gonçalo, e na mesma hora foi emitida uma nota pelo assessor de Comunicação do município e um vídeo do candidato do PR Fernando Peregrino falando em “atentado à bala como tentativa de intimidar as forças de oposição e aos democratas”. A própria Mariana, provavelmente constrangida com o uso de seu nome nesse imbroglio, publicou em seu perfil no Facebook:  “Foi um grande livramento de Deus, passei por um grande susto. Estou bem e sem qualquer ferimento, ainda não sabemos de fato o motivo da ação mas provavelmente foi uma tentativa de assalto”. Não foi nem feito registro de ocorrência policial do caso, o que é de se estranhar.

Tudo o que está escrito aqui tem comprovação. É a repercussão das vozes das ruas, de quem usa transporte coletivo, precisa da saúde pública e é atendido pelas escolas municipais, e não da estratégia dos marketeiros contratados a peso de ouro para tentar manipular a população. 

E agora, cabe ao tempo e à Justiça definir se o prefeito vai ser lembrado nos livros da história do município como o único prefeito afastado por fraude em licitações da merenda escolar. Ou pelo que mais possa vir à frente.    

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