sábado, 23 de agosto de 2014

Fiscalização encontra irregularidades

UPA 24h

Auditoria determina prazo de 15 dias para unidade se adequar ao programa. Deficiências no atendimento dos Postos de Saúde da Família (PSF’s)
sobrecarregam unidade.

Sem um pronto socorro municipal e com os PSF’s funcionando muito aquém do que deveria, a UPA de Araruama acaba recebendo todo tipo de demanda. De acordo com declaração de funcionários, a maioria delas poderiam ser resolvidas nos próprios bairros através dos Postos de Saúde da Família.
Idealizada para funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana e assim resolver grande parte das urgências e emergências, com isso ajudando a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais, a UPA foi criada para oferecer estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas.
Na prática, uma grande iniciativa dos governos federal e estadual que ajudam o município com verbas para manutenção da unidade. No entanto, a cidade também precisa fazer a sua parte e é isso que Araruama não está conseguindo implementar. O sistema de saúde municipal está praticamente parado deixando tudo por conta da UPA. Só em manter os PSF’s funcionando adequadamente, isso já reduziria a demanda em pelo menos 50% e, consequentemente, daria um atendimento de muito mais qualidade aos casos mais graves. Hoje, até paciente com unha encravada procura atendimento por lá. Em Araruama, a UPA deixou de ser um complemento das ações de saúde no município para se transformar em seu principal agente, o que definitivamente não é o seu papel.
Em junho do ano passado, o jornal O Dia destacava: 
“Araruama tem saúde reestruturada”. E o texto dizia: “O trabalho de reestruturação da rede de saúde no município de Araruama está entre as metas de excelência que estão em andamento por iniciativa da Prefeitura. Uma das primeiras medidas em relação à Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) é a adequação salarial, com o objetivo de fixar os profissionais na unidade”. Um ano depois nada mudou. “O Dia” precisa voltar a cidade e reavaliar essa reestruturação propagada. 

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