sábado, 23 de agosto de 2014

Hospital de São Vicente no CTI

Totalmente reformado em 2010 e com características de Hospital Geral, unidade que recebeu modernas aparelhagens já apresenta todo o tipo de deficiência.

Apesar de contar com um dos mais modernos centros cirúrgicos da cidade, o Hospital de São Vicente está sendo mal aproveitado. Com capacidade para atender cirurgias de emergência, apenas procedimentos eletivos estão sendo realizados. Nossa reportagem conversou com funcionários e pacientes que não economizaram nas críticas. Pedindo para não serem identificados, afirmam que recentemente até refeição faltavam para os pacientes. 
O hospital carece de manter ali uma pequena maternidade ou sala de parto, porque as pessoas mais carentes, vem de locais muito distantes, e chegando lá não encontram atendimento adequado. 
Segundo relatos, a unidade encontra-se no momento sem diretor médico para responder por ela, o que acaba colocando em cheque a credibilidade da instituição hospitalar e em risco os pacientes. Como isso não fosse suficiente,  médicos se recusam a trabalhar na unidade por conta da distância e ficam no sistema de sobreaviso extraoficial.  
Equipado com uma Unidade Intermediária (UI) com quatro leitos para pacientes graves, no entanto, não existe uma ambulância com UTI para remoção desses pacientes para o Hospital Estadual ou para a UPA 24h. Nesses casos, São Vicente depende das ambulâncias dessas unidades irem buscá-los, o que acaba se transformando em um grande transtorno para os próprios pacientes e agentes de saúde que ficam atados, aguardando as UTI’s móveis que geralmente estão oferecendo outros atendimentos.
Em 2010, no governo anterior, o hospital recebeu após uma reforma a recuperação de cobertura, revisão e recuperação de toda a instalação elétrica, hidráulica e esgoto, centro cirúrgico, com recuperação, reforma, ampliação e adequação da parte de esterilização das duas salas de cirurgia, sala de recuperação pós cirurgia e de todas as instalações de apoio, com pintura, revisão de instalações e equipamentos; pintura em todo o prédio e anexos; criação do Laboratório Municipal no hospital com coleta dos pacientes externos e internos; reforma da capela; e colocação de toldo para coleta de sangue, adequação da lavanderia e Centro de Esterilização de acordo com o regulamento do Ministério da Saúde referente a obras hospitalares. Tudo isso com o objetivo de fazer com que se tornasse o Hospital Geral para atender toda a população de São Vicente de Paulo. Recebeu também uma emenda federal, que permitiu instalar uma Unidade Intermediária (UI). Agora, todo esse investimento parece escorrer por entre os dedos por conta de má gestão pública.

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